sábado, 5 de dezembro de 2009

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Reflexão ao filme "Sound of Music"

Realizador: Robert Wise

Elenco: Julia Andrews, Christopher Plummer, Eleanor Parker

Sinopse: No final da década de 30, na Áustria, quando o pesadelo nazi estava prestes a instaurar-se no país, uma noviça (Julie Andrews) que vive num convento mas não consegue seguir as rígidas normas de conduta das religiosas, vai trabalhar como governanta na casa do capitão Von Trapp (Christopher Plummer), que tem sete filhos, é viúvo e os educa como se fizessem parte de um regimento. A sua chegada modifica drasticamente o padrão da família, trazendo alegria novamente ao lar da família Von Trapp e conquistando o carinho e o respeito das crianças. Mas ela acaba por se apaixonar pelo capitão, que está noivo de uma rica baronesa

RESUMO DO FILME

Num convento de freiras, existe uma jovem noviça, Maria, que tem uma alegria contagiante e que mesmo sendo uma cabeça no ar encanta toda a gente à sua volta. Certo dia, Maria é chamada pela Madre Superior, a qual acredita que a futura vida e felicidade da jovem se encontra fora do convento. Por este motivo a madre propõe a Maria um trabalho como preceptora de 7 crianças órfãs de mãe.
Maria, embora reticente e assustada, enfrenta os seus medos e encara a tarefa de preceptora como mais uma aventura. Chegada à mansão onde irá trabalhar, Maria fica indignada com a maneira como as crianças são tratadas pelo pai. Este trata-as como num regime militar.
Passado algum tempo e algumas traquinices das crianças à Maria, esta consegue encantar, ser amiga de todas as crianças e mesmo amolecer o coração do pai aparentemente rígido.
Maria e o pai das crianças vão começando a apaixonar-se, contudo existe um obstáculo no caminho deles, a noiva rica do pai das crianças que não se importa com elas e apenas quer passar bons momentos com o seu amado.
Maria, ao ver que está a prejudicar a felicidade de quem ama, retorna ao convento, onde as crianças a vão visitar e a convencer a tentar algo mais que amizade junto do pai delas uma vez que gostam muito dela e gostariam bastante de lhe poder chamar Mãe. Maria acede aos desejos das crianças e consegue que o pai destas fique com ela para serem felizes para sempre. Contudo, com a ocupação alemã a Viena de Áustria, toda a família se vê obrigada a fugir através dos Alpes para poder ser feliz e ao mesmo tempo livre.

A família Von Trap existiu na vida real, pelo que esta história é baseada em factos verídicos. Família von Trapp:

           Georg von Trapp

Von Trapp é o nome da família de cantores austríacos, cuja história contada em livro pela matriarca Maria von Trapp, inspirou o filme The Sound of Music, que os tornou imensamente populares em todo o mundo.

Maria e o Comandante Naval Georg Von Trapp casaram-se em 1927, depois de ela ser convidada pelo capitão para deixar o convento onde estudava teologia e era uma noviça, para ser a governanta de um de seus sete filhos, do casamento anterior e do qual havia ficado viúvo. Em 1935, Georg perde sua fortuna com a falência do banco austríaco onde estava depositada a sua fortuna e a família, para sobreviver, começa a cantar profissionalmente.

Após se apresentarem num festival de música, o sucesso fez com que começassem a cantar em tournés pelo país. Em seguida à anexação da Áustria pela Alemanha nazi em 1938, o anti-nazista George fugiu com a família pelos Alpes para a Itália e de lá para os Estados Unidos, enquanto a mansão onde moravam em Salzburgo se tornava o quartel-general da SS de Heinrich Himmler.

Ficheiro:Sound of Music house.jpgA mansão dos Von Trapp, na Áustria, onde se passa a acção do filme.

'Salzburg

Chamavam-se os Cantores da Família Trapp, agora com dez crianças em vez de sete, três deles filhos de Maria e Georg, os von Trapp passaram a guerra actuando em concertos por todos os EUA e depois pelo mundo.

Documento de naturalização de Maria von Trapp

Após a guerra, fundaram a Trapp Family Austrian Relief, Inc., uma entidade criada para enviar toneladas de roupas e comida ao povo austríaco afundado na pobreza e na fome da pós-guerra.

Georg von Trapp morreu de cancro em 1947 e alguns anos depois a família separou-se e Maria e dois de seus filhos tornaram-se missionários no Pacífico Sul. Ela voltou aos Estados Unidos depois de algum tempo e morreu em 1987 em Vermont, aos 82 anos onde se tinha instalado desde a fuga da Europa.

O livro escrito por Maria nos anos 50, The Sound of Music, virou um grande best-seller e foi transformado num grande sucesso musical nos palcos na Broadway. Dali foi levado ao cinema e, com a actriz Julie Andrews fazendo seu papel, foi um dos maiores sucessos cinematográficos de todos os tempos, facturando quase 1 bilhão de dólares em moeda actual apenas nos EUA. Entretanto, como Maria havia vendido os direitos de filmagem por apenas U$10.000, a família von Trapp não pôde beneficiar do enorme sucesso comercial do filme.

Obtido em "http://pt.wikipedia.org/wiki/Fam%C3%ADlia_von_Trapp

 

 

Outra curiosidade

Anschluß ou Anschluss é uma palavra alemã que significa anexação. É utilizada em História para referir a anexação político-militar da Áustria por parte da Alemanha em 1938. Este termo é o oposto à palavra Ausschluß, que caracteriza a exclusão de Áustria no Reino da Prússia. No tratado de Saint-Germain-en-Laye de 1919, que pôs fim ao Império Austro-Húngaro, o artigo 88 estipulava expressamente que a união de Áustria com a Alemanha ficava proibida.

 

Cédula de votação de 10 de Abril de 1938. O texto diz: " concorda com a reunificação da Áustria com o Império Germânico?” realizada em 13 de Março

Como se sabe, a Áustria, na tradição do Império Austro-Húngaro, era uma nação multi-étnica e multicultural. Em Viena e nas principais cidades austríacas viviam pessoas que falavam línguas diversas (alemão, húngaro, checo, etc.) e praticavam as mais diferentes religiões (católicos, luteranos, judeus, cristãos ortodoxos). O imperador austríaco tinha sido a figura política que tinha dado coesão à sociedade multicultural do Império Austro-Húngaro. Esse papel centralizador não tinha então um correspondente na nova sociedade austríaca. Muitas famílias judaicas, por exemplo, recordavam com saudade esses tempos idos. A nova sociedade austríaca vivia sob o signo do anti-semitismo e das dificuldades da coexistência multi-cultural. Muitos Austríacos, aqueles que eram católicos e de origem germânica (como Adolf Hitler) aspiravam a uma nação livre destas outras etnias, que eles detestavam. Aos olhos de Hitler, o ideal a seguir era o do pangermanismo: uma nação com uma só língua e etnia.

A 13 de Setembro de 1931, a milícia dos cristãos-socialistas tentam em vão tomar o poder na Áustria pelas armas.

Depois da vitória nas eleições de Abril de 1932, os nazis não obtiveram a maioria absoluta, o que os torna oposição. O chanceler social cristão Engelbert Dollfuss escolhe em 1933 governar por decreto, dissolve o parlamento, o partido comunista, o partido nacional-socialista e a poderosa milícia social-democrata, a Schutzbund. O seu regime fascista tem preferência para Benito Mussolini. Dollfuss reprime os social-democratas que não querem deixar morrer a democracia, seja pela mão de Dollfuss ou dos nazistas.

A dura repressão da polícia depois de uma insurreição em Linz em Fevereiro de 1934 causou entre 1000 e 2000 mortes, os social-democratas abandonaram o combate e escolheram o exílio.

Enquanto isso os nazis austríacos reforçaram-se e organizaram-se; preferindo um fascismo mais germânico. Assassinaram o chanceler Dollfuss a 25 de Junho de 1934 e extermináramos seus seguidores, mas o golpe de estado é frustrado.

O novo chanceler, Kurt Schuschnigg, negocia uma trégua com Hitler em Berchtesgaden em Fevereiro de 1938. O acordo é claro: entrada dos nazis no governo e amnistia para os crimes em troca de uma não-intervenção alemã na crise política.

O pacto não serve de nada: Schuschnigg perde o controle do país e vê como último recurso organizar um referendo para reivindicar a legitimidade popular. O exército alemão entra na Áustria a 12 de Março e coloca o ministro do interior nazi no posto de chanceler.

A 13 de Março de 1938 a Alemanha anuncia oficialmente a anexação da república austríaca e converte-a numa província do Reich. Em 10 de Abril, um referendo valida a anexação com 99% de aprovação da população.

A França aceita a anexação de Áustria, que não voltará a ser soberana antes do final da Segunda Guerra Mundial, depois de ter sido ocupada pelos Aliados.

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Adolf Hitler Adolf Hitler

 

Adolf Hitler foi o líder do Partido Nacional-socialistas dos Trabalhadores Alemães no alemão Nationalsozialistische Deutsche Arbeiterpartei, NSDAP, também conhecido por Nazi, uma abreviatura do nome em alemão (Nationalsozialistische), sendo ainda oposição aos sociais-democratas, os Sozi. Hitler tornou-se chanceler e, posteriormente, ditador alemão. Era filho de um funcionário de alfândega de uma pequena cidade fronteiriça da Áustria com a Alemanha.

As suas teses racistas e anti-semitas, assim como os seus objectivos para a Alemanha ficaram patentes no seu livro de 1924, Mein Kampf (Minha luta). Documentos apresentados durante o Julgamento de Nuremberg indicam que, quando Adolf Hitler esteve no poder, grupos minoritários considerados indesejados – tais como Testemunhas de Jeová, eslavos, polonesos, ciganos, homossexuais, deficientes físicos e mentais, e judeus – foram perseguidos no que se convencionou chamar de Holocausto. Apesar da falta de documentos que comprovem tal, a maioria dos historiadores consentem que a maior parte dos mesmos perseguidos foi submetida a Solução Final, enquanto certos seres humanos foram usados em experimentos médicos ou militares.

No período de 1939 a 1945, Hitler liderou a Alemanha enquanto envolvida no maior conflito do Século XX, a Segunda Guerra Mundial. A Alemanha, juntamente com a Itália e com o Japão, formava o Eixo. O Eixo seria derrotado apenas pela intervenção externa do grupo de países que se denominavam os "Aliados". Tal grupo fez-se notável por ter sido constituído pelos principais representantes dos sistemas capitalista e socialista, entre os quais a URSS e os EUA, união esta que se converteu em oposição no período pós-guerra, conhecido como a Guerra-fria. A Segunda Guerra Mundial acarretou a morte de um total estimado entre 50 a 60 milhões de pessoas.

Hitler sobreviveu sem ferimentos graves a 42 atentados contra sua vida. Devido a isso, ao que tudo indica, Hitler teria chegado a acreditar que a "Providência" estava a seu favor. A última tentativa de assassiná-lo foi em 20 de Julho de 1944, onde uma bomba inglesa explodiu a apenas dois metros do Führer. O atentado foi liderado e executado por von Stauffenberg, coronel alemão condenado à morte por fuzilamento. Tal atentado não o impediu de, menos de uma hora depois, se encontrar em perfeitas condições físicas com o ditador fascista italiano Benito Mussolini.

Adolf Hitler cometeu suicídio no seu quartel-general (o Führerbunker), em Berlim, a 30 de Abril de 1945, enquanto o exército soviético combatia já as duas tropas que defendiam o Führerbunker (a francesa Charlemagne e a norueguesa Nordland). Segundo testemunhas, Adolf Hitler já teria admitido que havia perdido a guerra desde o dia 22 de Abril, e desde já passavam pela sua cabeça pensamentos suicidas.

Hitler era canhoto (ou ambidestro segundo algumas fontes), sofria de foto fobia, era abstémio e falava alemão com sotaque típico dos subúrbios de Viena (Wiener Vorstadtdialekt). Vários historiadores afirmam que Hitler era vegetariano, outros falam de sua preferência pelas salsichas de presunto e carnes fumadas. Sabe-se que ele adorava doces, empanturrava-se de chocolate e comia pedaços enormes de bolo.

 Relata Wilhelm Keitel, que Hitler considerava a caça uma matança desonesta da fauna inocente.

          

 O Führer tinha uma cadela da raça pastor alemão chamada Blondi.             

 Hitler era abstémio, mas em sua idade adulta bebia ocasionalmente, nas visitas a bares de Viena e de Munique, onde adquiriu parte da sua ideologia racista. Hitler não admitia que seus oficiais e aliados fumassem. Hitler era uma pessoa polida e cordial no trato particular, quase paternal, segundo Traudl Junge, sua secretária.

    

 

Conclusão

Da visão cor-de-rosa do filme, partimos para uma visão mais cruel e realista da verdade. O que tanto choca, revolta e torna-se tantas vezes como algo impossível de ter acontecido, quer pelo tempo já passado e a não vivência directa pela maioria de nós nesta situação, faz-nos acreditar que se trata de um qualquer filme dramático ou de terror. Mas se estivermos atentos à nossa realidade quotidiana e ao mundo cada vez mais globalizado é fácil percebermos que hoje e agora toda esta brutalidade que nos cerca é com certeza mais cruel que esta que nos é mostrada e contada.

As lições da história não servem de nada para nós seres humanos que continuamos a assistir impávidos e serenos à destruição da nossa espécie e do nosso meio sem nada fazer, por comodismo, prepotência, ignorância, cinismo, hipocrisia, e a nossa letargia, para o que se passa à nossa volta. Desde que não interfira ou prejudique a minha vidinha, tudo está bem. Isto até não é nada comigo…!!! Passa lá tão longe, nem se quer conheço ou me relaciono com aquele Povo, Raça ou Cultura. Eles que se matem desde que eu vá vivendo e nada me falte…!!!!

Poucos são os que arregaçam as mangas e tentam fazer alguma coisa mas nós aqui sentadinhos neste confortozinho ainda somos capazes de fazer reparos.

Então, lamento dizer que estas imagens estas experiências de vida de nada valeram e nada importam. Não te digas chocado ou incomodado, pois mentes e o pior de tudo é que o fazes a ti próprio. O que interessa mesmo é o meu bem-estar, o meu comodismo e sim sou egoísta, mas que hei-de eu fazer? Sou assim, é da minha natureza. E depois o que é que eu sozinho posso fazer? Serei um contributo tão insignificante que nem vale a pena o esforço.

É esta atitude e esta maneira de estar no Mundo que contribui para esta forma de ser e para a inoperância a todos os níveis. Hoje são os poderes políticos económicos e sociais que envolvem o ser humano para este marasmo, para assim poderem controlar, manipular e servir os seus interesses. O consumismo exagerado do mundo de hoje é o retrato de uma sociedade decadente, que serve os interesses de poucos e dificultam a vida de muitos. Estes grandes senhores cedem a lóbis e influenciam governos (que se intitulam de independentes, soberanos e que zelam pelo interesse de todos), instituições, e o pior de tudo a grande maioria das pessoas, que pelas dificuldades que têm nem sequer têm tempo para tomar consciência deste facto. Muitos são pois os que sofrem e muito menos são aqueles que desfrutam de uma vida plena e repleta de tudo o que é bom. Se é justo ou injusto isso cabe a cada um decidir…

Eu pessoalmente tenho vergonha de pertencer a este Planeta, onde até o ambiente se degrada pela mão destes mesmos interesses. Tenho vergonha daqueles que dizendo que zelam pelos nossos interesses e que pior do que tudo, assumem tomar o comando das nossas vidas e levam-nos cada vez mais para o abismo. Não são capazes de lutar pelo bem comum, pois são prisioneiros desses lóbis e interesses. A corrupção começa já nos próprios governos e governantes e daí até chegar à base da pirâmide é fácil e inevitável. Costuma-se dizer que os exemplos vêm de cima…

Pergunto-me onde estarão os valores, os princípios, a sanidade mental, a confiança, a igualdade, a verdadeira amizade e até a alegria se tudo isso agora está tão arredado do consciente das pessoas e por vezes parece só existir nos contos de fadas, tornando-se quase que um mito!!! Será que não será possível as pessoas tomarem nas suas mãos o destino de suas vidas? Será possível e/ou irreal? É necessário que as pessoas acordem e tomem consciência que são voz activa em tudo aquilo que as rodeia e a elas diz respeito.

Passemos à prática tudo o que em consciência e por norma quer dos Direitos Humanos quer das constituições de qualquer Estado se diz em relação à fraternidade, à igualdade, à paz e ao bem-estar de todos. Não vivamos de utopias e tornemos realidade aquilo em que acreditamos e desejamos. Não deixemos que mais Hitlers ou um qualquer lunático tome conta das nossas vidas. O Mundo é belo e vale a pena desfrutá-lo e nele viver Bem e Melhor.

  

 

 

 

segunda-feira, 20 de julho de 2009

Alquimia e Realidade




Nestes tempos conturbados e difíceis, abrimos esta janela ao mundo, com o desejo de aproximar todos os seres que de uma maneira ou de outra possam aqui encontrar a esperança e a força para continuar a luta nesta vida. Todos iguais e todos diferentes, mas unidos somos uma força e talvez a diferença.